sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Hoje é sexta, balança a vista!






O início



Iniciei o regime numa sexta feira, dia 16/10/2009, com 116 kg, um monte pra quem mede apenas 1.65m, arredondando pra mais...

Cardápio em mãos....Ai...é hora de respirar fundo e seguir. Mal humor no primeiro dia. No segundo. E no terceiro. No quarto dia me senti mais animada, e no final de uma semana, quase 3kg a menos, sem medicação alguma.

Minha filha Giovana, 12 anos, tambem está seguindo uma dieta especial, iniciou com 56 kg e em uma semana, enxugou 2,7Kg, com uma força de vontade invejável. Parabéns Gi!

Como tenho propensão à diabetes, e uma resistência metabólica acentuada, (falarei disso adiante...)o doce, pão e massas estão fora do cardápio, por hora, sendo a proteína nesta etapa mais valorizada, acrescida porém de frutas, leites e verduras.

Um cardápio típico da 1ª Semana:

Desjejum - Suco de Clorofila (couve batida com gengibre e limão, com adoçante) - Energizante.

Café da manhã - Omelete de presunto c/ café preto ou suco diet.

Lanche da manhã - uma fruta ou uma porçao de gelatina ou um suco natural com adoçante.

Almoço - Carnes à vontade, salada verde à vontade, um pires de brocolis refogado

Lanche da tarde
- Um mix ( 50g) de oleaginosas (castanha do pará, castanha de caju, avelã, nozes, etc)

17 horas - uma fruta ou um iogurte diet.

Jantar - Sopa de carne com legumes verdes.

Ceia - Chá de capim cidreira com adoçante.

Dá pra dizer que fooooome não passa....rssss...
O que a gente estranha é a qualidade da comida, pra quem está acostumado com bolos, tortas, doces, muito pão no café da manhã, arroz, feijão, massas, pizzas....É pior que o "No Limite".

Beijos e bom FDS!



Fazer dieta é horrível. Ainda mais quando se conta com um índice de massa corporal altíssimo, problemas de saúde como pressão alta, intolerância a glicose, problemas metabólicos, deficiencia nutricional, falta de mobilidade, exclusão social, depressão, dores pelo corpo como se tivesse levando uma surra por dia....Não havia ainda parado para listar tantos problemas causados pelos excesso de peso, calorias e carboidratos ingeridos desenfreadamente durante anos que transformam o organismo numa verdadeira bomba relógio, apto a disparar e entra em colapso a qualquer momento.

No momento em que, ao olhar à minha volta, vejo minha filha, hoje com 12 anos, a copiar meus hábitos horríveis e suicidas, meu poder de escolha e livre arbítrio me concedem duas alternativas: Embarcar em mais uma farra alimentar e devorar mais algumas bolas de sorvete e me conformar com o fim próximo...(Cômico se não fosse trágico, rsssss...) ou tomar uma ATITUDE.

Confesso que muitas das vezes, correr ao supermercado e entulhar o carrinho de chocolates era a minha escolha.

Desta vez, decidi experimentar outro caminho. Sair da contra mão. Procurei ajuda médica e foi constatado, de início, uma pré diabetes, ao que hoje se chama de intolerância metabólica, picos de hipertensão arterial e uma esteatose hepática de grau moderado.

E resolvi não apenas mudar, mas investir nesta mudança.

Como qualquer outra doença, metabólica ou não, a ajuda profissional é um bem preciso e motivador. Foi por isso que procurar auxílio de uma nutricionista foi fundamental para esta tomada de atitude, iniciar não apenas uma dieta ali, mas uma reeducação alimentar.

Estou consciente que é necessário amadurecimento da criança interior, a qual tem verdadeira compulsão por doces.

Sei que a dieta vai me fazer emagrecer, mas mudar a forma de me alimentar vai garantir que este processo seja constante.


Baleia, elefante, trator, "gordinha" , este aliás é o termo carinhoso mais falso que existe, é uma forma delicada de disfarçar o indisfarçavel, dar uma volta na quadra e pintar de cor de rosa o problema que está aí, diante dos olhos e do espelho. Ninguém com 116Kg se olha no espelho e diz que está gordinha..Eu já havia desistido do espelho, e consequentemente, desistido de mim.

Foi o gosto pela vida, o amor pelas minhas filhas e o incentivo de pessoas queridas, como minha filha, por exemplo, e minha irmã, que resolvi dar um basta. Escrever é apenas a forma de me comprometer formalmente. Porque não é fácil. Somente quem passa por isso, sabe como é. Odiar-se e não se reconhecer. Reeducação é cura, é resgate.

Decidi que não quero mais precisar de ajuda pra me levantar do chão, que não quero torcer o joelho quando ando um pouco mais rápido, morrer de dor nas costas e acordar como se não tivesse dormido, ter 38 anos e aparentar 48, roncar como um trator e entrar numa loja e ouvir...Ahhhhhhh!! Não tem o seu tamanho!!!!

Estarei aqui todos os dias, compartilhando todos os sentimentos que este processo envolve, e postando dicas, receitas, fotos, (argh!) dietas, falando inclusive sobre doenças, cirurgia bariátrica, enfim, trocando experiências e idéias com pessoas que vivem o mesmo problema.

Beijos,

Adri






















pzxsk


































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